terça-feira, 10 de agosto de 2010

Momento sinestesia

Festa das Neves
João Pessoa, Julho de 2010.


Gracias Corazón!
=*

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O mestre

Há exatos 100 anos nascia João Rubinato, aparentemente só mais um dos oito filhos do casal que veio de Veneza para Valinhos, interior de São Paulo.
















Teve sua certidão de nascimento alterada para poder começar a trabalhar, a idade mínima permitida era 12 anos. No meio do caminho largou a escola, como todo gênio um dia já fez.
Foi marmiteiro, mas queria mesmo ser artista, começou pelo teatro, mas foi abortado. O samba foi um acidente de contra mão, na época o único remédio para a fama era o rádio.

Um de seus personagens pegou emprestado o nome de um colega de boêmia e do cantor de sambas Luiz Barbosa, surge então Adoniran Barbosa.
Sabe como é, né? Depois que o apelido ou nome de guerra pega ninguém mais lembra o que tá lá na certidão!

Ator e personagem se fundem, mas Adoniran ainda não compunha seus sambas, interpretava Noel, Ismael etc. Só depois de virar e maturar como ator radiofônico é que a manha de escrever sambas surgiu.

Assumindo a primeira pessoa, coisa rara no samba, e o jeito italo-paulistano de falar assumiu também o discurso do excluído, do despejado, da mulher não mais submissa etc. Tudo isso temperado com muito humor.

Sua vida foi um tango a três entre o samba, a boêmia e Matilde.



Em 1982, há 28 anos Adoniran morreu aos 72 anos. Se os números batem não é culpa minha!

Mas até hoje seus sambas são obrigatórios em rodas de samba ou de batuque Brasil afora, seja no Bexiga, em Jaçanã, no céu ou no inferno nunca vamos esquecer do seu chapeuzinho, bigodinho, sotaque forte e repertório encantador.

Salve Adoniran!



Iracema eu perdi o seu retrato!


Matilde joga essa chave!


(Adoro esse brinco jamaicano!)


Homenagem da Drogaria de Desenhos animados da MTV no desenho Rockstar Ghost que tem Nasi do Ira! como caça-fantasmas e o velho Adoniran como guia espiritual.